Apesar de Tijucas do Sul ser uma cidade jovem, considerando seus 59 anos de emancipação, porém o solo tijuquense começou a ser pisado pelo homem branco a cerca de 4 séculos atrás, pois situava-se na rota por onde passava o famoso Caminho do Peabirú, mais precisamente uma ramificação conhecido como Caminho dos Ambrósios, por onde passou por muitas vezes o espanhol Cabeza de Vaca, em suas idas a Assunção, capital do Paraguai.
O Caminho dos Ambrósios foi aberto pelos jesuítas, tendo como mão de obra os escravos negros e principalmente indígenas (que habitavam o território ao qual compreende esta cidade). Em outro post, aprofundar-me-ei mais nos detalhes tocantes ao Caminho dos Ambrósios.
Como esse trajeto era muito longo, era preciso fazer as famosas paradas campesinas, em que consistia basicamente no descanso da tropa muar e dos tropeiros. Nessas paradas foram se instalando pessoas, que mais tarde dariam origem a um vilarejo.
Devido a população que iniciava-se em terras tijuquenses, foi criado a Vila de Ambrósios, criada através decreto da cidade de São José dos Pinhais. Mais tarde, Tijucas do Sul deixou de ser denominada Vila de Ambrósios para chamar-se Distrito de São José dos Pinhais.
Talvez no ano de 1893 foi escrito o capitulo mais fervoroso da história de Tijucas do Sul e que inseriu de vez a cidade na história do Brasil, pois nessa iniciava-se no Rio Grande do Sul os burburinhos que se transformaram no Movimento da Revolução Federalista. Como Tijucas do Sul estava em uma região privilegiada, próxima a capital paranaense, foi escolhida pelos revolucionários para passarem por aqui em seu trajeto rumo ao Rio de Janeiro, porém não esperavam que os bravos tijuquense estavam prontos a defender os interesses do governo e assim combater os gaúchos.
No ano de 1893, Tijucas do Sul não possuía mais que 100 habitantes, divididos em duas ruas paralelas. Foi uma semana de sangrentas batalhas, mas pela falta de contingente, bem como material bélico, nossos bravos tijuquenses foram vencidos. Os resquícios das batalhas podem ser percebidos nas marcas de bala das palmeiras da praça central, trincheiras intactas na localidade de Mata-Burro e algumas vezes um tijuquense tem a sorte de achar balas de canhões nas escavações da horta ou jardim.
Pulamos para o inicio da década de 40, quando um habitante destas terras foi convocado para ser um pracinha brasileiro na 2º Guerra Mundial, morrendo estes nos campos de batalha da Itália.
Tijucas do Sul, que ainda era Distrito de São José dos Pinhais, passou a ser denominada Aruatã. Em 1951, mais precisamente na data de 14 de novembro, a cidade foi desmembrada do território de São José dos Pinhais, passando a chamar-se, finalmente, de Tijucas do Sul. Na mesma data, porém no ano de 1952, com base em lei estadual, tornou-se cidade, Assim iniciou-se a história recente de Tijucas do Sul, sendo escrita até hoje por todos nós.
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